"Eu acho que a autocrítica sincera nós temos de fazer internamente, corrigir as nossas propostas, apresentar ideias novas. Nós tínhamos que ter colocado muito mais ênfase nas reformas política e tributária", diz ele.
O ex-ministro Aloizio Mercadante, que será presidente da Fundação Perseu Abramo, rechaçou a ideia de uma autocrítica flagelante exigida pela mídia, mas defendeu uma renovação das ideias do Partido dos Trabalhadores, em entrevista concedida à Folha de S. Paulo.
"Tem dois tipos de autocrítica. Uma autocrítica autoflagelante, que é a que vocês insistem que a gente deva fazer, e uma autocomplacente, que não resolve coisa alguma. Eu acho que a autocrítica sincera nós temos de fazer internamente, corrigir as nossas propostas, apresentar ideias novas. Nós tínhamos que ter colocado muito mais ênfase nas reformas política e tributária. Na política econômica temos muita coisa para reconsiderar, rever, erros que cometemos, dificuldades que tivemos. Mas a obra que nós construímos é muito maior do que os erros, que não foram poucos, nem pequenos, que nós cometemos.", disse ele.
Mercadante também afirmou que o ex-presidente Lula é o melhor nome do partido para disputar a presidência da República. "Os grandes ciclos de mudança numa sociedade tão autoritária como a nossa tiveram grandes lideranças no grupo popular e trabalhista. Ele [Lula] ganharia a eleição, todas as pesquisas mostraram isso. Se tiver condições, seguramente é o melhor candidato que nós teríamos", diz ele.
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