O auditório da Casa da Cidadania em Serrinha, na ultima sexta-feira 05.04.2019, foi palco de uma audiência pública sobre Feminicidio.
Com o tema: Até quando irão tirar a vida de nós Mulheres? A audiência pública foi um evento de iniciativa dos Grupos de Movimentos Socais - Movimento de Mulher Negra Dandara do Sisal, junto com o Coletivo LGBT Flores do Sisal em parceria com a Camara Municipal de Vereadores, e com o apoio do PSB.
A Audiência foi concebida a partir dos trabalhos dos referidos grupos MMNDS e LGBT, que encaminharam suas preocupações e suas inquietações para os organismos responsáveis pela proteção da Mulher, com objetivo de sensibilizar a sociedade sobre o feminicidio e juntos pensarem em estratégias para que menos mulheres sejam vitimas de feminicidio.
Outro intuito do evento, foi mobilizar o Estado junto ao municípios a implantar Políticas Publicas eficaz no enfrentamento a violência conta as mulheres.
‘‘O Brasil é o quinto(5º) Pais com maior taxa de femminicidio de acordo com uma pesquisa elaborada pela ONU, apesar dos doze (12) anos da Lei 11.340/2006, a violência contra a mulher aumentou e o feminicidio segue a mesma linha.
ESTIVERAM PRESENTES:
Movimento de Mulher Trabalhadoras Rurais,
Movimento de Organização Comunitária (MOC),
Instituto Casa da Cidadania,
Movimento de Mulheres Dandara do Sisal,
Movimento Negro Afro Jamaica,
SINDISERF,
APAEB,
Associaçao de moradores do Maroto,
APLB,
Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Serrinha,
CRAS,
CREAS,
Núcleo Regional de Educação,
Conselho Municipal de Cultura,
Conselho Municipal dos Direitos Humanos.
O evento ainda contou com a presença de outras(os) representantes:
Secretaria de Políticas Publicas pra as Mulheres - SPM /BA,
Departamento de Políticas para as Mulheres de Conceição do Coité representado por Gilvania,
Ministério Publico,
Defensoria Publica,
Secretaria de Ação Social,
Conselho Tutelar,
Escola 30 de Junho,
Escola Rubem Nogueira,
Escolas Culturais.
Cleuza Juriti, representando o Movimento de Mulher Negra Dandara do Sisal. Citou sua indignação pelos casos de feminicidio que aconteceu no município de Serrinha e que até o momento em alguns casos não se sabe quem foi o autor do crime. Ela citou a morte de Ana Paula do Bairro Novo Horizonte morta com 37 facadas e até o momento o criminoso não estar preso.
A audiência contou com a presença de familiares de vitimas de feminicidio. Como de Ana Paula (morta com 37 facadas no bairro Novo Horizonte em Serrinha) e Daiane (morta a tiro pelo companheiro ela estando grávida de nove meses) no mesmo municipio.
Cleuza juriti também fez uma alerta recomendatórias para algumas emissoras referindo-se aos casos de divulgação das mortes de mulheres que muitas das vezes são rotuladas e tornam a sofrer violência após a morte, recomendam às emissoras a observância de deveres de conduta, os quais se constituem em pressupostos em relação aos assassinatos das mulheres usando estereótipos as mesmas sem saber a historia de vida de cada uma delas. Cleuza chamou a todos para uma discussão ampla sobre o tema proposto e buscar debater, expor a opinião e indignação de cada um presente sobre a temática que iria ser debatida.
A convidada Deputada Federal Lídice da Mata (PSB) ressaltou as estatísticas de casos de mortes de mulheres na Bahia e que a cidade soteropolitana esta em 8º lugar em índice de assassinato de mulheres. Lidice ainda acrescentou a importâncias da Ronda Maria da penha nos municípios que existe, e dos trabalhos em parceria com os organismos como CRAS, CREAS e Coordenação de Políticas para as Mulheres.
A promotora de Justiça Ana Caroline Tavares, se fez presente no evento e demostrava atenção a tudo que estava sendo explanado.
Uiara Lopes, representando a SPM, a vereadora Rose de João Grilo e as dezenas de outras mulheres e homens presentes concordaram com a frase dita: ‘’Marielle não se calou,ela deu voz a outras mulheres’’.
Segundo os organizadores da audiência, a partir dos elementos de informação colhidos. Será definido os encaminhamentos nos procedimentos na construção de ferramentas e aparelhos de combate a todos os tipos de violência contra a mulher no município de Serrinha. E a organização espera de que este modelo de debate seja continuo em todo o território baiano e brasileiro.
NOTA DA REPORTAGEM
"Esta matéria foi redigida de forma resumida. Outras falas não menos importantes foram ditas e aclamadas neste excelente encontro de Mulheres e Homens que entendem que BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES."
POR: CLEUZA JURITI | Fotos: Divulgação
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