
Não se deve esquecer as inúmeras vagas na mira dos cursinhos preparatórios, que dão como certa a abertura de seleções públicas em órgãos importantes das esferas federal, estadual e municipal, tanto no Poder Executivo quanto no Legislativo e no Judiciário. Além disso, há os concursos em processos já abertos no país prontos para receber inscrições no início do ano. Por isso, e muito mais, os concurseiros podem contar com a abertura de 25 mil (já informadas) e de 80 mil (em perspectiva) oportunidades neste ano, segundo as estimativas de especialistas.
Em Brasília, por exemplo, há novidades recém-anunciadas, como a contratação para mais de 100 cargos na Câmara Legislativa do Distrito Federal, segundo o novo presidente da Casa, deputado Joe Valle (PDT). Ao Correio, ele justifica que as novas contratações são necessárias por “ter muita gente se aposentando, e porque, há mais de 10 anos, a Câmara não admite por concurso”. A chamada para o certame deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2017, indica Valle.
Algumas propostas do governo, no entanto, enchem o horizonte de quem quer entrar no funcionalismo de incertezas, como a emenda constitucional promulgada, limitando os gastos públicos pelos próximos 20 anos à correção inflacionária, a PEC do Teto, e a proposta de reforma previdenciária. Mas analistas afirmam que a esperança não deve ser perdida, pois 2017 “será favorável”, uma vez que, “mesmo em tempo de escassez, surgem oportunidades imperdíveis”.
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O concurseiro não deve se curvar ao pessimismo. 2017 será, sim, um ano promissor, com abertura de novas vagas no serviço público. Essa é a visão de quem está bem ambientado no mundo dos concursos, como o advogado Max Kolbe, que trocou a sala de aula do cursinho pela advocacia há apenas três anos. “Sempre haverá concurso público”, vaticina ele, lembrando que, mesmo com a medida do teto para os gastos pela inflação, o aperto nas finanças federais só começará em 2018.
Azelma Rodrigues - Especial para o Correio - Fotos: Divulgação Google