O caso da maternidade em Coité e a irresponsabilidade de quem comunica.

Foto: Éder Araújo.
O filósofo Nietzsche tem um pensamento que diz que não existe fato, existe interpretação. Esta reflexão é propícia para analisar as consequências do que aconteceu em Conceição do Coité, na manhã de quarta-feira (11), na maternidade do município. Uma mãe, em uma situação de emergência, acabou tendo seu filho na recepção da Casa de Partos, administrada pelo Hospital Português, uma empresa renomada na área de gestão hospitalar.

Alguém, de forma inconsequente e pontual, registrou o ocorrido e publicou nas redes sociais, expondo a mãe e criando uma interpretação equivocada do contexto. A pessoa esqueceu de dizer que a mãe foi imediatamente atendida; não citou que o momento, por infelicidade, foi na hora de troca de plantão médico. A maioria dos internautas que compartilharam aparentou se utilizar da situação para atingir irresponsável e politicamente o gestor municipal, sem preservar a mãe do constrangimento.

O médico obstetra coiteense renomado, Dr. Jurandi Carneiro, com larga experiência, fez o seguinte comentário a respeito de situações como essa: "Chegar em uma maternidade em período expulsivo sempre aconteceu e vai continuar acontecendo, pois algumas gestantes não percebem se já estão na hora e esperam o amanhecer para ir à maternidade. Partos podem acontecer até mesmo antes da chegada à maternidade".

Assis expressou em sua página pessoal: "Partos naturais são feitos por enfermeiros obstetras. O médico só acompanha. Havia médicos no hospital, inclusive pediatra, que logo atendeu a mãe. Claro que a recepção deveria ter posto a gestante num dos cinco apartamentos do centro de parto natural imediatamente. Tudo aconteceu muito rápido. O mais importante é que mãe e bebê foram assistidas e passam bem".

O site Farol do Interior publicou uma matéria com a fala da mãe, Daniela. Ela disse que desde a noite anterior já estava saindo líquido e sentindo algumas dores, mas preferiu vir pela manhã para o hospital. "Mas agora está tudo bem graças a Deus" salientou Daniela. Ela e sua filha Agatha passam bem e neste momento descansam na maternidade.

Curiosamente, diversas mães que tiveram seus filhos na Casa publicaram comentários no link da matéria no Facebook, destacando a qualidade do atendimento que receberam. O site ainda informou que desde a reabertura, em 13 de setembro de 2013, foram realizados cerca de 2.500 partos. Em 1 de abril de 2015 o Hospital Português assumiu a maternidade.

MATERIA EXTRAIDA DO BLOG: http://www.centraldanoticia.com
← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial