Cecilia Petrina presidente do CODES-SISAL e Fredson Costa Gestor de Cultura em Coité |
Colegiado de Desenvolvimento Sustentável da Região do Sisal
- CODES realizou entre os dias 19 e 20 no Municicpio de Conceição do Coité mais
um encontro.
O Evento reuniu entidades territoriais para dar seguimento
ao processo de requalificação do Plano Territorial de Desenvolvimento
Sustentável (PTDS). Resultado da construção plural e democrática, o Plano Territorial
de Desenvolvimento Sustentável do Sisal (PTDS) é uma sistematização do
conhecimento, lutas e reivindicações do Território do Sisal. Nele estão
contidos programas e projetos apontados como prioritários pelas lideranças
territoriais, para sanar problemas históricos nas mais diversas áreas e mais
uma vez estávamos lá produzindo, engajados na construção de políticas públicas
para a CULTURA dos municípios, para o território.
O evento aconteceu no Sintraf nos turnos matutino e vespertino. Segundo a organização o CODES territorial o evento serviu para capacitação e deliberações de metas e diretrizes a serem aplicadas por cada Fazedor de Cultura presentes. A presença foi fundamental para que as políticas culturais no Território do Sisal venham fluir. – Afirma Cecilia Petrina ex-prefeita de Itiuba e atualmente presidindo o CODES.
A realização do evento ficou a cargo da: Secult Bahia, Codes Sisal,
Superintendência Territorial de Cultura com o apoio do Decult. Departamento de
Cultura de Conceição do Coité, que tem como gestor Fredson Costa, como segundo
ele mesmo se define: “O homem que respira Cultura”.
Foi exposto também no evento belíssimos potes de cerâmicas da ACASSA - Associação Comunitária de Artesões
do Sitio Santana – Lamarão – Bahia. Uma Associação que define suas obras de
arte em cerâmica com pureza e simplicidade. E isso se da porque é passada de
geração em geração nesta comunidade desde o inicio da sua existência sendo
fonte de captação de renda para as famílias artesãs.
Conversamos com Jane Estrela interlocutora da SECULT-BAHIA e os gestores de cultura do Território do Sisal, e
fizemos uns questionamentos à mesma:
GALO NEGRO – Jane você acredita
na cultura como um agente de paz diante de tantas adversidades num mundo que
vivemos, quase sempre em pé de guerra?
JANE ESTRELA - “A cultura ainda
é o grande condutor para apaziguar a paz no mundo e eu acredito sim nesse
caminho, nesse processo de construção”. Mas antes mesmo de apaziguar a guerra
externa, precisamos nos encontrar e apaziguar uma guerra muito mais nociva que
é a guerra interior, residente dentro de cada um de nós.
GALO NEGRO – E como se daria
isso?
JANE ESTRELA - Creio muito na cultura com agente
transformador, tem o valor dela assim como a saúde e a educação só precisamos
que seja veiculada e levada a serio.
GALO NEGRO – Apesar da
diversidade cultura na Bahia no mundo e até mesmo aqui na nossa região do
sisal, o que fazer para que essa diversidade seja um elemento respeitado e que
essa cultura seja inserida ainda mais nas escolas, templos, terreiros até mesmo
no seio familiar?
JANE ESTRELA - Quando o povo fala de cultura lembra-se muito
de diversidade, mas eu acredito que a palavra é tolerância. Precisamos conhecer
os outros e as expressões culturais também como nosso, a gente precisa aprender
a tolerar. Acho que a cultura perpassa muito nisso a questão da tolerância.
GALO NEGRO – O que foi definido
de concreto no primeiro dia de evento?
ROBSON BEZERRA - Nós precisamos na verdade
estruturar nossas politicas públicas para as questões culturais no nosso
território.
GALO NEGRO – Você se refere a
quem quando diz “nós”?
ROBSON BEZERRA – A sociedade
civil e poder público, porque eu entendo que sozinha a sociedade não consegue
levantar estas questões necessárias e nem tampouco o poder publico consegue
sozinho alavancar essa questão da politica cultural. E precisa estar inseridos
e organizados em todo o contexto. – Salientou Robson. Robson é fazedor de
cultura desde o ano de 97 e, esta atualmente gestor de cultura do município de Queimadas
um dos municípios que corresponde ao total de 20 que compõe o território do
sisal.
Fredson Costa, também fazedor de Cultura e atualmente gestor em Coite
salienta da importância de ampliar uma rede solidaria da cultura da educação e
do meio ambiente. Enfim de todos os mecanismos que possam aliar e fortalecer a
cultura. – Pontuou ele.
O
Território Do Sisal -
BA abrange uma área de 21.256,50 Km² e é composto por 20 municípios: Araci,
Candeal, Cansanção, Itiúba, Monte Santo, Nordestina, Queimadas, Quijingue,
Serrinha, Teofilândia, Valente, Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité, Ichu,
Lamarão, Retirolândia, Santaluz, São Domingos e Tucano.
A população total do território é de 582.331
habitantes, dos quais 333.149 vivem na área rural, o que corresponde a 57,21%
do total. Possui 58.238 agricultores familiares, 2.482 famílias assentadas, dois
comunidades quilombolas e 1 terras indígenas. Seu IDH médio é 0,60.
Fonte: Sistema de
Informações Territoriais (http://sit.mda.gov.br).
Mais uma vez diversos agentes e gestores culturais envolvidos neste processo edificatório. no
dia 20 aconteceu a eleição do colegiado,
e a diretora de cultura de Cansanção Thais Mendonça, foi Eleita membra
da diretoria.