Reflexões do Carnaval com o espaço de cada um


Eu até gosto de carnaval, mas uso estes dias de feriado para matar a saudade que minhas obrigações provoca de minha família e aproveito para descansar ao lado deles. Há quem diga que estou perdendo um grande palanque eleitoral e coisas do tipo. Mas eu não me importo! 

Ademais o que sempre assisti pela televisão e pelas redes sociais era uma festa que dava vitrine as grandes diferenças sociais, coisa que me incomoda muito e quem me conhece sabe da minha visão democrática.
Da tranquilidade de meu lar, talvez quase que numa condição vigilante de deputado do povo, eu pude observar algumas situações que quero dividir com vocês agora.

O arriar das cordas foi uma ação genial do governador Rui Costa

A diminuição no número de blocos permitiu que se pensasse no folião pipoca.

A liberdade sexual neste tipo de festa deve ser discutida de forma séria
As barreiras policiais funcionaram maravilhosamente bem
Os carnavais nos bairros levaram a alegria para todos de forma democrática, saindo dos privilegiados circuitos Centro e Barra 

Eu poderia citar mais algumas até, porém eu me concentrarei em duas. Seria o arriar das cordas e a liberdade sexual na folia. Sobre o primeiro tópico vale uma lembrança de que se paga caro pela segurança e exclusividade daquele espaço. Assim, como não existe mágica de dois corpos ocuparem o mesmo espaço, para que os privilegiados tenham conforto e segurança é lógico que aos “outros” sobrará o desconforto e a insegurança. Pois era o que se via no carnaval, com alguns privilegiados sendo mimados as custas de um alto investimento e o povão espremido nas laterais destes blocos e preteridos pelo artista do alto do trio-elétrico. Então, palmas para Rui Costa.

Já sobre o segundo tópico eu confesso que pensei em não me posicionar nesta área tão delicada, porém, não é isto que meus amigos e eleitores esperam de mim. Amigos, eu não gostei do que vi. Vou repetir para que esta afirmação não tenha nenhum ruído de contexto: Eu não gostei do que vi! O direito de cada um de nós termina no instante que se começa o do próximo. Os excessos praticados entre pessoas heterosexuais e homosexuais em trocas de carinhos públicas invadiram o meu espaço de homem cristão que zela e guarda os seus das coisas que não considera certo. A minha condição de deputado estadual nada interfere nesta minha opinião.

Somos uma sociedade cristã que cresceu numa cultura em que alguns dogmas são aceitos e não podem ser mudados sem uma profunda reflexão. Vou ser mais direto: muitos e muitos vídeos de conteúdo impróprio pelas cenas de sexo em público inundaram as redes sociais, principalmente o whatsapp. Foram cenas gravadas durante a passagem dos trios, dentro de banheiros públicos, na praia da Barra e no meio da rua fora do circuito de trios como as ruas adjacentes do centro e da Barra/Ondina.

Neste ponto eu conclamo a família baiana a refletir com muita responsabilidade sobre o futuro deste tipo de evento. Ontem foi em Salvador e amanhã pode ser na minha, na sua ou na nossa cidade.

Deputado Estadual Alex da Piatã
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