"Quero um treinador consolidado", diz Guilherme Bellintani


Novo presidente do Bahia bateu papo exclusivo com o CORREIO

Quando o resultado foi anunciado e Guilherme Bellintani foi eleito presidente do Bahia, a comemoração foi como a de um gol. Pulou, gritou, xingou e até correu para os braços da torcida. Na manhã de domingo (10), passada a euforia, ele recebeu o CORREIO em sua casa e, em meio a companhia da mulher e de dois dos seus quatro filhos, que parecem ter herdado a energia que o pai mostrara na comemoração do dia anterior, respondeu todas as perguntas e explicou como projeta o clube daqui para frente.
 
CORREIO: Uma cena curiosa foi você ter ido até o centro do gramado da Fonte Nova falar ao telefone após vibrar com o resultado das urnas. Porque foi para lá e com quem estava falando?
 
Guilherme Bellintani: Eu estava falando com meus filhos, que por questões de logística mesmo acabaram não indo acompanhar a eleição lá na Fonte Nova. Fui para o meio do campo porque o sinal do meu celular estava ruim e lá consegui falar (risos).
 
C: Passada a eleição o torcedor quer falar sobre futebol. Como vai ser a sua estrutura diretiva?
 
GB: Para mim tá muito claro que a estrutura atual foi feita para um momento do clube. Era preciso criar um projeto de marketing para aquele momento, uma estrutura administrativo/financeira ara aquele momento e um modelo de futebol mais clássico, focado em um diretor que sozinho respondia por tudo sucesso e insucessos. Prevemos para o próximo ciclo uma mudança bem representativa. Dividimos o clube em sete eixos. Os três primeiros seriam os departamentos financeiro, jurídico e operações. Este último engloba operação nos jogos, Fazendão, etc.. Estão mais ligadas a cabeça gerencial, administrativo/financeiro clássica. 

Outros dois núcleos são marketing e gerência de inovação. Tem a parte do marketing tradicional, que eu chamo de analógico e a parte mais voltada para a inovação, que eu chamo de “negócio digital”. E mais dois ligados ao futebol que é base e futebol profissional. O diretor de futebol tende a cuidar dos dois núcleos com participação intensa na base. A parte do administrativo/financeiro e mercado, como chamam, podem ser tratados por um único diretor de planejamento. A gente pode trazer um diretor de planejamento e ter um geral, que alguns chamam de CEO. A gente pode deixar o geral ligado comigo e Vitor (Ferraz). O futebol vai ter o diretor próprio, mas a ideia é que venha outro abaixo, para gerenciar. Todos estes sete eixos, ou núcleos, terão seus respectivos gerentes. 

O objetivo é gastar menos com administrativo para gastar mais com futebol. Ter uma composição de diretoria macro comigo, Vitor, Cerri e mais uma pessoa e os gerentes. Na saída de Barros (Marcelo), eu posso não precisar de um novo diretor específico para isso. Já resolvi problemas orçamentários maiores. Eu tenho experiência de gestão e orçamento de empresa. Vai requerer a minha presença mais intensa.

Bellintani venceu eleições com quase 82% dos votos dos sócios tricolores (Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO)
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