Conheci André e Juliana no Campus Party Bahia. A princípio a satisfação e logo em seguida o sentimento de tristeza por relembrar um fato que marcou a vida de milhões de brasileiros.
Me refiro a calamidade, a catástrofe que houve em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. André e a Juliana vieram até a mim como reporter, procurar uma informação e gentilmente apresentaram-se, eu logo não pude deixar de lembrar daquele episódio triste da Boate Kiss. Eles são Universitários e estudam na cidade de Restinga Seca. De carro saindo de Santa Maria, leva-se aproximadamente 58 min, percorrendo uma distância de 59,0 km via BR-287.
A posse logo na entrada não podia faltar com a turma |
Apesar de risos, o semblante viria a mudar após o assunto triste |
O casal de amigos conversou comigo sobre aquele dia triste:
GN :André quando você tomou conhecimento do fato tinha quantos anos na época?
ANDRÉ: Na época eu tinha 17 anos, hoje com 21, curso sistema de Informação, mas o sentimento de perca parece que foi ontem.
Para esta turma de estudantes e amigos, é vida que segue e projetar o futuro. Apesar do desejo forte de que as famílias estejam amparadas pela força divina. |
GN: Qual foi o sentimento seu, como adolescente?
ANDRÉ: Foi muito triste um sentimento de ver o pessoal naquele estado. Eu particularmente não perdi nenhum familiar, mas perdi conhecidos naquela tragédia, é assim... Foi muito triste, pois a gente viveu uma realidade junto com os familiares, e junto com os amigos. Estavam todos muito chocados, e que consequentemente tinha perdido parentesco também. E convivendo com amigos que tinham perdido parentes a gente se colocou no lugar deles.
GN: Você chegou a chorar?
ANDRÉ: Sim com certeza.
GN: Podemos dizer que foi uma comoção generalizada na cidade?
ANDRÉ: No momento em que aconteceu aquela tragédia na Boate, foi muito chocante. Foi um município inteiro chorando. Santa Maria se comoveu imensamente, e até hoje se relembrar está questão da tragédia na boate o pessoal se comove.
Falamos um pouco com a Juliana:
GN: Juliana, o André chorou! E você. Como sentiu-se naquele momento?
JULIANA: Sentimento de tristeza, como o André eu não perdi nenhum familiar, mas tinha também conhecidos lá. Mas a gente se coloca no lugar das outras pessoas. Apesar de eu não ter perdido nenhum familiar eram vidas que foram perdidas naquele momento então é um sentimento de comoção também é tristeza.
GN: 04 anos se passaram. Hoje as pessoas passam normalmente ali em frente a Boate Kiss como se nada tivesse acontecido, ou ainda há aquela coisa de parar, olhar?
JULIANA: Todos os anos já alguém sempre relembrando seja em rede social ou até em um evento tecnológico como estamos agora, e lá montaram um stand na praça com as fotos dos que se foram.
GN: André, quer complementar algo?
ANDRÉ: Sim. Eu ia comentar da parte do Stand que tem na praça é algo bem triste passar ali, porque tu relembra pois tem a fotos de todos os jovens que perderam suas vidas.
GN:Esse Stand é fixo?
ANDRÉ: Sim. Foi feito pelos pais dos das vítimas, eles colocam velas, flores...
GN: Uma espécie de ritual?
JULIANA: Isso uma espécie de ritual.
GN: A vida segue, a gente lamenta muito... E então Felizes nesse primeiro Campus de vocês?
ANDRÉ: Com certeza.
JULIANA: É uma experiência incrível a gente nunca tinha participado da Campus Party. Então participar deste primeiro evento tecnológico de grande porte, e ainda mais aqui na Bahia em Salvador... o pessoal daqui, é incrível. É uma honra está participando deste evento com esse público maravilhoso. - Finalizamos
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