Antes de ser nomeado, Geilson dizia que queria algo para continuar fazendo política. O ouvidor não foi ouvido, ao que parece
Nossos colegas da imprensa de Feira de Santana não dão trégua. Assim que a notícia de que Carlos Geilson foi nomeado novo Ouvidor Geral do Estado veio a piada: ganhou a vida falando, entrou para a política e virou ouvinte.
Radialista ainda hoje na ativa, Geilson ganhou a projeção que o elegeu aliado de Zé Ronaldo, ex-prefeito, duas vezes. Ano passado no PSDB, tentando novo mandato, perdeu. E surpreendeu ao deixar o amigo Ronaldo, que disputou o governo, para mudar de lado, entrando no time de Rui Costa.
Bico calado
Dizem os jornalistas feirenses que para Geilson, sempre citado como prefeiturável, embora não tenha grupo, agora esperava-se mais, um cargo de ampla visibilidade. Do jeito que ficou, na Ouvidoria, ficou parecendo um cala-boca, já que o bom ouvinte quase sempre está de bico calado.
Rui Costa até tentou dar um encaminhamento para Geilson pela via política. Tipo entrar num partido e assumir um posto importante que contemplasse os dois, ele e a agremiação. Não deu. Os partidos o aceitavam, mas sem condições prévias estabelecidas. Até porque os da base governistas, como PP, PSB e PCdoB, já tiveram atritos internos por cargos. Ou seja, tem gente demais para espaços de menos.
Antes de ser nomeado, Geilson dizia que queria algo para continuar fazendo política. O ouvidor não foi ouvido, ao que parece.
Levi Vasconcelos
Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.
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