O juiz eclesiástico Thiago Wenceslau, um dos religiosos presos na operação do Ministério Público que apurou desvio de dinheiro da Igreja Católica, em Formosa, em Goiás, foi o responsável pelo processo que resultou na excomunhão de Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, acusado de defender a relação entre gays, na Diocese de Bauru, no interior de São Paulo, em 2013. De acordo com o Ministério Público goiano, o padre Wenceslau foi convocado para apurar denúncias contra o clero de Formosa, mas agiu para encobrir os desvios.
Padre preso em operação pediu excomunhão para religioso que defendeu gays
Roberto Francisco Daniel, o padre Beto, foi acusado de defender temas polêmicos, como a união entre homossexuais, a falta de fidelidade entre cônjuges e a necessidade de mudanças na estrutura da Igreja Católica.
Ele foi preso na ação que prendeu também o bispo d. José Ronaldo Ribeiro e outros cinco sacerdotes, além de leigos, acusados de comprar bens materiais, carros e fazenda de gado com o dinheiro dos fiéis. Todos tiveram a prisão temporária decretada pela Justiça e continuam presos.
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CNBB
Nesta terça-feira, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou nota defendendo a apuração dos fatos com justiça e transparência.
"Diante da prisão do bispo da Diocese de Formosa, no Estado de Goiás, a CNBB manifesta a solidariedade com o presbitério e os fiéis da Diocese, recordando ao irmão bispo que a justiça é um abandonar-se confiante à vontade misericordiosa de Deus. A verdade dos fatos deve ser apurada com justiça e transparência, visando o bem da igreja particular e do bispo. Convido a todos os fiéis da Igreja a permanecermos unidos em oração para sermos verdadeiras testemunhas do Evangelho", diz a íntegra da nota, assinada pelo bispo auxiliar de Brasília, d. Leonardo Ulrich Steiner, secretário geral da CNBB.
José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
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