O crescimento urbano das cidades tem provocado diversos efeitos positivos e negativos para a qualidade de vida da população.
Dentre os efeitos negativos podemos dizer que “o lixo” gerado é o grande vilão, que descartado irregularmente tem acarretado doenças, bem como a contaminação dos recursos naturais.
No munícipio de Conceição do Coite, dois “lixões” já se tornaram saturados, o que ficava nas imediações das casas populares, sentido Distrito de São João, e o que ficava próximo do povoado da Laginha, ambos desativados e em fase de recuperação.
Não obstante a abertura de um novo aterro, dito “controlado”, percebe-se que este caminha a passos longos para se tornar inviável.
Ante essa celeuma, nasce a indagação: “será que não há um caminho viável econômico e social para “o lixo” gerado no nosso Município?
Oportunamente venho esclarecer que o termo lixo entre aspas, é provocante, visto que na verdade o que chamamos de lixo é tecnicamente conhecida como resíduos sólidos urbanos, que uma vez separados na fonte, domicílios, pode ocasionar uma renda para diversas famílias.
Essa separação no domicilio evita que os resíduos se misturem e cheguem até os ditos “lixões”, onde serão separados pelos catadores que ali trabalham em condições sub-humanas.
Essa iniciativa de coleta seletiva na residência, uma vez fomentada pelo poder público, não só evita a presença de pessoas nos “lixões”, como provoca uma rentabilidade maior na venda do produto reciclável, visto que estes não sofrerão contaminação, aumentando assim o valor econômico dos matérias recicláveis.
A viabilidade econômica dos resíduos sólidos urbanos, dependendo da região, pode variar de R$ 0,10 (dez centavos) /quilos para o jornal a R$ 10,00 (dez reais) /quilos para o cobre.
Destarte, aquele município que buscar implantar um sistema de coleta seletiva, em parceria com as cooperativas por ventura existentes, ou com as associações de comunidade, estará não só resolvendo um problema ambiental de todos, como levando solução social e econômica para muitos que vivem à margem da sociedade, esperando apenas uma oportunidade para adquirir condições dignas de sobrevivência.
Fagner Ramos Ferreira, advogado, pós-graduado em Direito e Gestão Ambiental pela Universidade Católica de Salvador – UCSAL. WhatsApp – (075) 9 8195-9500
Parabéns Dr.Fagner a pegada é essa mesma. Coleta Seletiva começa em casa. Aqui em Inhambupe estamos iniciando um trabalho junto com a Secretária de Educação para viabilizar a Coleta Seletiva.
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