REFLEXÃO - “MULHER NEGRA” EM SERRINHA E REGIÃO

ANALISEI O MOVIMENTO “MULHER” EM SERRINHA E REGIÃO
Sou militante do Movimento Negro desde meus 11 anos - Orgulho de ser NEGRA

Por: Patrícia Souza

Cleuza Juriti militante ativa e defensora das mulheres negras e periféricas.
Foi na minha MÃE que encontrei inspiração
para defender os interesses de nós mulheres vitimas de uma sociedade racista e machista.

Hoje me deparei com uma com vários questionamentos Sobre a situação das mulheres na sociedade  mas  com  ênfase nas  mulheres  negras  de   serrinha  e  do  Território   o  sisal.   
Sendo assim que me inspirou a umas perguntas:
A mulher se torna mais fácil ou vulnerável a violência sexual  por causa da Roupa? 
Tem conhecimento das politicas para as mulheres que  existe  no  município?
O que acha do oito de março?
Uma pergunta neste mês que não podemos deixar de refletir e questionar logo  que estamos  falando  de  empoderamento  das  mulheres.
O que pensamos e estamos fazendo para  as  mães   que  perderá  seus filhos  no ato do   genocídio  da  juventude  negra?                                                                                                                    
Como estou na militância desde 11 anos de idade, e sempre acompanhando o debate sobre o “empoderamento” e as políticas para mulheres, decidi fazer uma busca. Em minha busca utilizei uma ferramenta disponíveis na internet  para fazer minha pesquisa.
            Na minha pesquisa fiz pergunta a dez homens, quatro adolescentes mulheres, e dois adolescentes homens. Também a cinco mulheres adultas.
Foram incríveis as respostas, os homens e os adolescentes disseram que não, a roupa não influenciam na violência sexual, e sim na maioria das vezes o comportamento e atrelado a isso o machismo, sabendo que só três são militantes. Enquanto um dos homens disse que a culpa é a roupa.
E entre as adolescentes mulheres também foi a mesma resposta que a roupa não é o pivô da violência e sim uma sociedade patriarcal. Entre as mulheres adultas três afirmaram que eram as roupas e as outras duas defenderam a causa da violência ser, mas grave por causa do machismo.
Concluímos que precisamos efetivar mais informações nas mulheres matriarcais e mostrar que uma parcela dos homens está acompanhando o debate sobre políticas para mulheres. É também notória a formação machista entre as mulheres mesmo sendo militante do movimento negro.
 Precisamos efetivar mais políticas sociais e para mulheres no combate ao machismo. É necessário que o debate sobre gênero entre pelo muro das escolas. E nesse sentido, mesmo com a fragmentação da intelectualidade social, alguns homens defendem a política para mulheres.
Nos outros questionamentos utilizei a metodologia de “boca a boca” na  Praça   Luís  Nogueira   em  Serrinha.  Sendo que no  dia  08 de  março    comemoramos  o  Dia  Internacional  da  Mulher  com  o  intuito  de saber  o  que  as  mulheres  estão  pensando,  dando ênfase  as  mulheres  negras   e  jovens .
No momento dos questionamentos foram entrevistado cerca de  trinta mulheres  em  sua  maioria  jovens  e  negras,   e    ouvir  uns  dez  homens    negros  e jovens, as respostas  e  comentários  foram surpreendentes.
   Pude observar que mesmo no  município  como  Serrinha  que   vem  discutindo  as  politicas  públicas  através  da   Diretória  de  Promoção  a  Igualdade Racial, Movimento de Mulheres Urbanas e  Trabalhadoras   Rurais,  e  também do  Instituto  Casa  da   Cidadania,  precisamos   desenvolver  diversas  ações extras atreladas a estes movimentos para  promover  as  informações sobre  direitos  das  politicas  de  ações  afirmativas, que ainda não são suficientes para combater tal processo discriminatório que persiste em perpetuar.
Cleuza Juriti, MINHA MÃE, discursa em mais um evento de afirmação e identidade.
Houve vários avanços, porem é preciso continuar e intensificar os programas e projetos voltados a esta temática. Porque à maioria das  mulheres entrevistadas  responderam  que  o que se tem feito é satisfatório, porem  precisa  contemplar  mais  as  comunidades  periféricas e da  zona  rural, além de  trabalhar    situações  das   mulheres  jovens,   principalmente  as  jovens  negras  que  vivem  submissa  ao  processo  da  sociedade,  no  julgamento  pressuposto  de  que  são  meninas  fáceis,  que  não  tem  acompanhamento  dos  pais ou responsáveis e assim se tornam vulneráveis ao machismo preponderante da sociedade.
 Muitas (os) relataram que as pessoas não conhecem a problemática  da  vida  da   jovens  na  sociedade  racistas e  machista  que  vivemos.
 Sendo assim analisando o contexto do município percebi que  existe as politicas, mas  não  atinge 100% o objetivo. Porque mesmo a maioria das entrevistadas afirmando ter tido  participação  em atividades  de  formação  e construção de identidade observei que precisa “urgentemente” discutir e propor  o mecanismo de defesa das mulheres jovens negras na nossa cidade e região.
Também foi citado entre as entrevistadas (os) que o planejamento familiar  só  chega  para elas quando já  estão gravidas.  Algo que me chamou atenção foi um depoimento de uma das entrevistadas onde ela citou que precisa se discutir o aborto, pois  as  jovens negras  e  periféricas  são as que mais  sofrem  com  esta  questão por não terem informações e orientações sobre este assunto.
 Prosseguindo  com  os  demais   questionamento     analisando  o ponto  de  vista  das(os)  entrevistadas(os)  também, reafirmaram  que  pouco  esta  sendo  feito   por parte   de  alguns  órgãos   do  pode  publico,  principalmente em relação as  mortes,  as  torturas,  que estão  acontecendo  na  cidade  e  no  território. Citaram  também  as  ações  dos  movimentos   sociais  que  existe  na  cidade  parem  ainda  é  pouco  e  as  mães  sofrem  com a perca  de  seus filhos  e famílias são  destruídas  e  nunca se tem  respostas  concretas  para que responsabilizem   os   assassinos  destes  jovens, “queremos  uma  juventude  viva  não  morta.” – Finalizou elas(es)

Concluir que precisamos construir  politicas  afirmativas  que  consiga  atender  as  expectativas  das  mulheres  negras   de  Serrinha  e  região,  mesmo  com  os  mecanismo   já  existente  no  município  precisa  se  cria  mais  espaços  de  empoderamento  de construção  de  politicas  publicas  para  as mulheres. – Avançar Sempre.
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